terça-feira, 22 de julho de 2008

O número infinito

Os números sempre mexeram comigo. Do zero, que na verdade nunca entendi direito, só quando somavam na minha conta bancária, não pensem vocês que era pra direita, era pra esquerda mesmo, ao infinito. Podem imaginar representar o infinito em números? Pergunte aos garotos de 8 anos como fazem isso? Eu tentei nessa idade, depois desisti. Culpa de Descartes que sempre quis mensurar tudo. Uma vez, certo amigo me disse: Esses números e datas redondas servem, entre outras coisas, para fazermos balanço das nossas vidas. Concordo com ele. Já perceberam quando chega o fim do ano sempre nos preparamos e fazemos planos futuros? Por que estipulamos sempre o dia 31 de dezembro para fazermos nossos planos para o ano? Por que não no dia 10 de dezembro ou dia 15 de fevereiro, 24 de março, sei lá, uma data dessas qualquer. Afinal de contas a vida não começa no dia primeiro de janeiro e nem se finda em 31 de dezembro. Enfim, por essas e por outras resolvi fazer um balanço, acho que em boa hora das minhas oito ex-namoradas. Tenho 35 anos, a soma desses números é 8. Deve ser por isso.

Primeiro, acho que todo relacionamento que se preze tem que ter trilha sonora. No começo, no fim ou em momentos que te lembre a amada quando ela está longe. Ou quando você quer dizer algo, mas não encontra palavras. Ai a música entra e desempenha seu papel. Assim, cada uma delas recebeu uma musica de presente. Pode ser que elas não gostem, mas é a trilha que escolhi para o nosso namoro. Outras vezes é por causa de momentos marcantes na nossa vida juntos, ou somente por causa delas.

Quando tinha meus dezessete anos, me apaixonei pela primeira vez. E fui logo começando em alto estilo. Fui escolhido. Sim, minha primeira vez eu fui escolhido. Ela era um ano mais velha que eu. Nessa idade isso faz uma diferença bruta. Pra variar, era linda, especial. Todas foram. Para serem minhas namoradas tinham que ter uma única coisa em comum, serem especiais. E essa mocinha iniciou tudo. Foi ela quem deus os parâmetros e os paradigmas dos meus relacionamentos. Uma italianinha linda, de cabelos ruivos enormes até a cintura. Chama-se Laura. Linda figura e completamente diferente de tudo que já vira. Imagine uma criatura completamente avessa ao mundo que pertencíamos. Ela vivia com a cabeça não sei onde. Parecia sempre de férias num paraíso tropical e levava a vida assim, leve e sem pretensões. Foi ela que me ensinou o gosto pela arte e pela cultura. Certa vez me levou pra sua aula de filosofia. Era no cinema. Assistimos Teorema de Pasolini. Um choque, não o filme, mas quando eu podia imaginar que uma aula seria dada numa sala de cinema comercial? Genial isso, não? No inicio dos anos 90 era. Me encantei por esse mundo e nunca mais sai dele. Sempre me lembro dela quando vou a alguma exposição, “filme de arte” ou algo que nos remeta a experiências artísticas. Laura me deixou como legado a minha formação cultural e o gosto pelas artes. Mais que isso, me influenciou esteticamente. E me deixou também uma grande saudade, de um tempo feliz de adolescente e cheio de esperanças e fantasias. Iríamos casar e ter filhos. Foi a primeira vez que uma mulher me disse que gostaria de ter filhos comigo. Isso mexeu com um sentimento que não sabia que existia em mim. E ainda hoje me pergunto qual é. Sempre quando ouço Jovanotti, ou Gino Latino vejo Laura e eu numa pista de dança nas madrugadas de Belo Horizonte. Continue tocando Gino, continue dançando Laura.


O relacionamento com ela não poderia ter ido muito longe. Tinha acabado de descobrir que era atraente para as mulheres e isso mexeu com meu ego adolescente. Assim, por pouca coisa terminamos. Ela voltou pra Itália, casou-se e tem dois lindos bambini. Depois de Laura, Kátia. Katita. Essa sim mulher. Por que era sim uma mulher. 19 anos mais velha que eu, linda, cheirosa, mulher, me ensinou muita coisa na vida. E muito além da experiência sexual. A katita foi realmente experiência de vida. Mulher e batalhadora. Mulher linda e desejada por vários. E fui escolhido por ela, mais uma vez, escolhido. Penso que as mulheres se deixam ser fisgadas, E com seu enorme senso de altruísmo deixam a nós, pequenos homens pensarem que nós as conquistamos. Foi esse o caso com ela. Uma carioca linda, já com dois casamentos e um filho super bacana. Conheci a Kátia através de uma amiga e foi paixão, coisa de pele a primeira vista. Já sentiram arrepio na nuca só de olhar para alguém? Não? Então precisam viver isso. É mágico. É algo além do corpo físico. É mais que a malfadada química da paixão. Isso não se explica se vive. Katita me deu um monte de coisas, entre elas, me ensinou como viver com simplicidade. Era uma mulher que já tinha tido de tudo na vida. Foi muito rica. Casada com homens ricos que não entenderam o tesouro que tinham debaixo dos lençóis. Depois de descer pra perto do inferno, ela nunca perdeu o sorriso no rosto. Sempre feliz e com esperança. Sempre com amor para dar e disposta a receber pouco, somente sua atenção. Katita me deixou a simplicidade da vida e a crença nas pessoas. Quisera eu ter mais uns vinte anos a frente. Certa vez um amigo me confessou: a gente morria de inveja de você. Você com 17 anos era locutor de rádio e tinha uma namorada mais velha e com carro. Isso foi engraçado de ouvir. Como as pessoas fazem julgamentos através dos seus conceitos. Para mim, a Kátia foi algo muito maior. Foi uma mulher a quem chamei de namorada. Uma certa noite eu estava na casa dela e resolvi tomar um porre de vodka. Algum problema no trabalho ou coisa assim. Ela me ouviu a noite inteira e me pos pra ouvir Marillion e depois para cama. Nunca mais outra coisa me vem à cabeça que não ela quando ouço Marillion. Katita, Do you remember?

Recorrer a essas lembranças é as vezes prazeroso. Outras vezes, penoso. A diferença que se tem entre esses dois sentimentos é a sensação de ter se vivido tudo ou parcialmente com a amada. Foi isso que aconteceu entre mim e Flavinha. Eu já era bem mais experiente e alguns anos mais velho que ela. Ela era bailarina. As bailarinas mexem com o imaginário dos homens, sabiam disso? Lindas pernas ela tinha. Um sorriso largo fácil. O ar de criança que sempre foi presente na sua vida me encantava. Flavinha era meio Lolita. Um pouco mais vivida, é verdade, mas com ar de adolescente. Acho que não estava pronto para namorar. Ainda machucado pela partida de Laura da minha vida, não conseguia me fixar em ninguém. Só que estar com ela era tão prazeroso, tão bom, tão leve que não sentia vontade de ficar longe, ao contrario, sempre com vontade de ficar mais e mais perto. Resolvemos namorar. Fui uma vez repreendido por uma de suas tias que me disse: - Olha a Flavia num é das suas negas não! Tem que namorar certinho. Isso estragou tudo. Nunca reagi bem a esse tipo de pressão. Lido bem com qualquer tipo de pressão, mas na minha vida pessoal prefiro que ela não exista. Flavia foi tratada como uma verdadeira princesa. Acho que foi ai que errei. Perdemos o interesse súbito um no outro. Tivemos várias idas e vindas. Vivemos momentos distintos. Quando ela queria estar comigo, eu não a queria. O contrário também aconteceu várias vezes. Momentos de vidas completamente diferentes. Nunca nos encontramos verdadeiramente. Pena. Sinto que se tivéssemos realmente olhado para dentro de nós teríamos nos encontrado. Apesar disso, ela me ensinou o que é namorar de verdade. O companheirismo de quem namora. Aprendi com ela que não se namora somente com a amada, mas com a família toda. Essa era uma família deliciosa de se estar. Flavia era como o lago dos cisnes. Fazia sempre uma força enorme para ser leve. Quando ouço Chopin, ela flutua nos meus pensamentos.

Hiato. Longo hiato. Me retirei, precocemente para aparar as minhas dores de amor. Depois de longo e tenebroso inverno me achei. Juliana. Ou simplesmente Ju. Chamo nosso relacionamento de “Dois perdidos numa noite suja”, obrigado Plínio. Não nos encontramos numa noite suja. Mas na borda da piscina. Era ela minha professora de natação. Era tudo que me restava. Foi uma época punk, como costumo dizer, na minha vida. Sem emprego, sem grana, sem perspectivas. Tive que parar a faculdade. Estava completamente sem visão do futuro. Pensava que havia feito as escolhas erradas. Aí, descubro a minha salva-vidas. A Ju me salvou de algo pior. Me deu mais fôlego pra continuar. Nos agarramos um no outro como se fossemos a bóia de salvação de um barco a pique. Ela havia sofrido muito com o término de um relacionamento recente e bastante traumático. Eu precisava dela e ela de mim. Ficamos juntos durante um ano. Foi um divisor de águas. Mais maduro, mas machucado, percebi que não bastava o amor e a vontade para se fazer na vida. Descobri, quando ela me deixou, que quem nós amamos pode nos causar muita dor. Incoerente isso ainda hoje pra mim. Como alguém que nós amamos pode nos machucar tanto? Sentimentos incoerentes. Demorei mais um tempo enorme para tirar a Ju do meu coração. E ainda não saiu, nem ela, nem nenhuma delas. Possuem agora um espaço de carinho e gratidão. A Ju, no meio dessa loucura toda conseguia ter momentos de extremo amor por mim e de extrema leveza. Tem uma bandinha de rock de menininha, que costumo denominar seus pares, que ela adorava. Foo Fighters. Os caras não são lá grande coisa, mas a Ju nunca desistiu de lutar. Teve uma vez que ela terminou comigo e depois foi me procurar. Lutou por mim. Eu sabia que era questão de tempo de ela terminar comigo novamente se voltássemos. Decidi por um fim ali. Foi sofrido. Mas a Ju nunca desistiu de lutar pela felicidade dela. Aprendemos isso um com o outro.

Dessa vez não houve hiato. Fui logo emendando um namoro no outro. Agora coisa inédita. Arrumei uma namorada pela internet!!! Acreditem, em sala de bate-papo. Acho que todos nós com trinta e poucos fizemos isso na época em que a rede estourou por essas bandas. Um dia, estava num desses chats e comecei a conversar com uma certa princesa. Quando perguntei como ela era, por que não tínhamos as facilidades de trocar imagens como fazemos hoje, ela me disse, loira, olhos azuis, alta. Eu disse a mim mesmo. Na internet podemos ser quem nós quisermos. Coitada. Deixei pra lá. No dia seguinte ela me achou novamente. Trocamos e-mails, depois, mais tarde uns beijos carinhosos. Ela era filha de coronel da polícia! Imagina? Eu fui criado por uma mãe que perdeu vários amigos na ditadura militar e aprendi que com milico não se deve misturar me amarrando numa filha de milico? Nem a pau! Mas aqueles olhinhos azuis com aquelas madeixas loiras mexeram demais comigo. Não queria namorar, mas ela como boa cria militar me colocou na parede. Ou namora ou acaba aqui. Ta bom, eu namoro. Cedi à pressão. Ainda bem. Fui muito feliz com a Karina. Nos amamos muito. Sem pretensões, acho que fui muito importante na vida dela. Ela sem dúvida foi na minha. Aprendi com ela como conviver com diferenças. Ela não via preconceito em mim, eu bem moreno, queria mesmo era ser negão, mas o sangue italiano do meu pai não deixou isso acontecer, e ela com aquela coisa de sangue azul. Com essa minha mulatice a família dela já não gostava muito, imagina se fosse um africano de sangue puro? Ela me ensinou a ver além dos olhos, muito além da pele, dentro do coração e da alma. Fomos bem felizes, mas a diferenças, não de pele, mas de cultura eram realmente enormes. Isso foi nos afastando até percebermos que não estávamos mais juntos. Seguimos cada um para o seu canto. A trilha da Karina é o silencio contemplativo. Gostava de ficar olhando pra ela de maneira platônica. As vezes o silencio é o melhor companheiro.

De lá, saí direto para uma mulher um pouco mais madura. Acho que foi saudade do meu namoro com a Kátia, afinal, a Karina era muito mais nova que eu, e pensei que se estivesse ao lado de uma mulher mais madura, independente e resolvida eu seria mais feliz. Ledo engano. Me contem vocês, existe mulher bem resolvida? Essa provocação é para mim mesmo. A resposta eu sei, e não digo. Conheci a Selminha. Imaginem, essa mulher não dormia. Era uma pilha, namoramos um bom par de tempo, sempre muito bom. E ela me disse uma vez: cuide bem de mim, eu me doou muito para as pessoas que gosto. Isso aprendi com ela. Viva intensamente. Viva com toda dor e todo amor, afinal o poetinha mesmo disse que o amor só é bom se doer. Não existe amor meia boca, pela metade. A selminha, era assim. Uma espoleta, super elétrica, sempre pronta pra tudo. Pra balada, pra ficar em casa, pra viajar, pra se doar. A única coisa da Selminha que me deixava meio maluco era essa pilha dela pra tudo. Sabe que quando você se doa demais é por que não está prestando muita atenção em você mesmo. Acho que era caso dela. Ela prestava atenção demais nos outros, mas pouco em si mesma. O que faltava para mim nessa história era meu espaço. Quando começamos eu disse a ela em tom de aviso: Olha só, eu faço triathlon, por isso eu treino de manhã, de tarde e a noite. Preciso de tempo pra mim. Ela me disse que tudo bem. No início é sempre assim. Tudo é ótimo, lindo e tudo bem pra tudo. Sempre me acompanhava em treinos, provas e coisa e tal. Sempre super companheira. Mas teve uma hora que ela cansou dessa minha rotina chata de atleta amador. Rolou um surto, e pensei, é cara, fim. Mais uma vez.
Selminha tinha som para todas as horas. Um deles é Tuck&Patty. Um dos raros momentos em que ela sossegava no sofá. Ficou marcado na minha mente a exceção.

Nessa altura da vida, já não era mais um garotinho. Os relacionamentos não davam espaços para muitos erros. A pressão do casamento começava a pesar sobre meus ombros. Mas nunca me achei pronto para isso. Ainda mais que essa história de casamentos fracassados na minha família. Acho que é coisa de genética. Meu avô separou da minha avó. Minha mãe do meu pai, e a seguir o curso natural desse rio, prefiro ficar solteiro. Essa historia de casamento vale um adendo. Meus amigos todos casaram-se, ou juntaram-se. Enfim, game over para todos eles. Eu, o solteiro e o mais velho da turma que restou. E sempre me diziam, principalmente a mãe desses meus queridos amigos, você é o próximo. Eu ouvi uma piada e adotei. Havia um cara na mesma situação em que eu. Ai um dia, a mãe de um desses amigos morreu, e ele não perdeu tempo. Disse às que restaram, uma a uma: - A próxima é a senhora não é? Bom, nunca mais me encheram com essa história.

Comecei a namorar a Dani. Imaginem duas pessoas completamente diferentes em gostos e conceitos. Mas a atração foi forte. Ficamos juntos um bom tempo. Foi a namorada que mais lutou por mim. Tínhamos uns acordos muito bons. Como eu disse, o triathlon faz parte da minha vida. Ela odeia esporte, ao menos odiava. Então, eu não saia sexta à noite e ela saia. Eu treinava sábado pela manhã e ela dormia. Nos encontrávamos sempre. Mas respeitando o espaço um do outro. Isso ela me deu de presente. A gente era tão diferente que até na música era assim. Eu gosto tanto de música baiana como agulha em baixo da unha. Aliás, não sei o que me dói mais. Mas ela adora de verdade. Bom, então para a Dani. Chiclete com banana. Eca!!! Mas ela me deu esse respeito, o meu espaço. Podemos nos relacionar com uma pessoa por um longo período e ser diferente dela. Podemos conviver com as diferenças. Aliás, esse é um dos grandes segredos da vida. Não é sermos todos iguais, mas respeitar as diferenças. Aprendi muito com isso. As diferenças enriquecem tanto a gente. Não ficamos somente com um papinho intelectual ou somente sabendo da novela das 8. Olha o oito ai novamente...

Saí de BH. Fui morar em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Período de crescimento incontestável. Pessoal e profissional. Cheio de sonhos e anseios. Desejos e expectativas. Começava uma nova vida e tudo pra mim era lindo. Aliás, mais um adendo. É o céu mais bonito do Brasil. Uma coisa era certa. Eu não queria era arrumar uma namorada por lá. Por que sabia que minha passagem por lá seria exatamente isso. Uma passagem. Fui vivendo, conhecendo as pessoas, trabalhando, enfiando a cara na cultura local e achei um monte de gente bacana lá. Fiz grandes amigos, e no fim da história, uma namorada. Vocês podem pensar: - nossa esse cara é namorador hein?! Não achei que fosse, mas enfim. Acho que sou mesmo. Ou estou. Não sei qual a verdade nesse caso, mas não importa. Amani, o nome dela. Lindo né? Ela também. Imagina uma mulher linda. Ela é mais. Tivemos um relacionamento curto, mas intenso. Como eu morava só com um amigo, ela acabou por quase se mudar para minha casa. Em Campo Grande as pessoas se casam cedo. E para a idade dela já era tarde. Imaginem vocês, ela só tinha 27 aninhos e sentia uma pressão enorme por casar. Essa pressão foi parar nos meus ombros, e ai adivinhem o que aconteceu? Isso, terminamos. Pesado isso. Terminar por descobrir que não tínhamos um projeto em comum. Penso que quando os relacionamentos desgastam-se o que os segura é o projeto que os dois desejam construir juntos. Amani era muito intensa, meio menina meio mulher. Sempre me intrigou sua fragilidade e sua fortaleza. Ela transitava por esses dois mundos muito facilmente. Isso também me perturbava. Não sabia se ela precisava de colo ou se iria me pegar no colo. Depois de 16 anos do primeiro namoro me via confundido por uma mocinha. Ela tem um bom gosto raro. Uma inteligência única e, além disso, o mais importante. Aberta para experiências do mundo. Sem medo, ela caia de peito aberto em coisas novas. Ela me fascinava com isso. Adoro filosofia, essa, culpa da minha mãe. Um dia mandei um livro pra ela de presente: Mais Platão, menos Prozac. Quase meu namoro foi pro vinagre nessa hora, mas acho que a filosofia pode ter uma atitude prática. E ela gostou da parada e entendeu o senso da coisa. Tínhamos muito em comum. O gosto pelo esporte, pela boa música, boa mesa. Nos completávamos bem. Eu cozinhava e ela cuidava da apresentação dos pratos. Eu dava o clima e ela a trilha sonora. Por falar nisso, a som dela é Dave Matthews, e como não podia deixar de ser, eu adoro os caras. O que ela me deixou? Me deixou sem medo. Acho que casamento é um acontecimento. Acontece que você gosta tanto de fulano que não consegue viver mais sem ele. Ai resolvem passar o resto da vida juntos. Casamento não é um projeto de vida. Tipo; profissão: Esposa. Acho que se agora eu gostar muito de alguém como gostei dessas mocinhas num tenho mais medo de fazer o pacto de comunhão de bens. Dá-lhe Ben Jor!!!

Foram oito maravilhosas pessoas que namorei. Tivemos momentos únicos e fantásticos. Alguns ruins, mas o saldo sempre positivo. O oito é o número que representa o infinito. O nove o fim de um ciclo. Acho que o meu ta bem perto do fim. Sai melhor que entrei em todos esses relacionamentos. Graças a elas sou uma pessoa que somou com cada uma das suas qualidades. Fui feito delas. O que sou hoje devo a elas e mim, na mesma medida.

3 comentários:

Unknown disse...

Fala Naka!
Muita coragem e desprendimento seu em compartilhar sua vida amorosa publicamente...

Parabéns pelo texto, pelo balanço e que venha a "nona"!!!! rsrs

Abraços!

Leo Iglesias

Hein? disse...

É bichão, o que está escrito não se perde! O falado some mas o rabisco fica pra sempre!

Boas palavras, parabéns pelo blog.

ps: Não pare de escrever, é bom demais.
ps2: Use quebra de texto, pro blog nao ficar compridão!

Alessandro

Marco Lacerda disse...

Grande Naka, parabéns pelo texto, realmente ficou muito bom. Se continuar assim vai acabar dando para um bom escritor.
Adorei a passagem:
"Eu gosto tanto de música baiana como agulha em baixo da unha." (risos).
Mas deixa pra lá. A única coisa que acho é que talvez você possa ter esquecido de alguma ex; não acredito que sejam apenas oito, se tiver esquecido já já vamos saber com alguma reclamando um nome de música ou conjunto.
Abraços amigo, estou com saudade.

Marcão