segunda-feira, 16 de março de 2009

Sou do mundo, sou Minas Gerais II

Essa coisa de procurar definições e rótulos pra tudo é mesmo um saco! O que eu escrevo aqui? Sempre fiz questão de chamar de “textos”. Não são crônicas do cotidiano, não são prosas. Algumas vezes ensaio um conto poético e em outras um poema sem estrofes. Mas não quero saber de rótulos. Quero continuar a escrever assim, com o coração nas pontas dos dedos. Sem me preocupar muito com o nome disso ou daquilo. Por isso mesmo me preservo a escrever coisas mais perenes que a volta de um ou ida de outro. Sorte e felicidade pra todos. Mas prefiro discutir mais a essência do homem que outra coisa.
Por isso, nesses tempos de modernidade sem fronteiras, ando rejeitando uns rótulos ou definições. Primeiramente um aparte a respeito da modernidade que vale à pena ressaltar. Modernidade sem fronteiras por que a modernidade não é tão moderna assim, ela tem mais ou menos uns duzentos anos. Ser moderno ta ficando velho, mas na falta de uma definição melhor vamos usando esse mesmo. Já ofereceram uns nomes meio repaginados, mas sempre preso ao mesmo conceito. Deve ser por isso que não mudamos o nome. Por que o conceito ainda é o da revolução industrial.
Mas voltando às pechas. Um dos rótulos que rejeito é o tal de cidadão do mundo. Coisa de gente moderninha isso né? Ou melhor, pós-moderna. Saí sim de trás das minhas montanhas. Sai pra ver o que o mundo tem além do horizonte recortado. Mas levo comigo sempre a minha essência. O meu tempero de ferro está no meu sangue. Quanto mais viajo, quanto mais percebo o mundo, pois, não é necessário esquecer as suas origens e negar de onde veio para se enxergar o mundo, mas ao contrário. O lugar de onde você veio dá o tom que você interpreta o mundo. Percebemos o mundo a nossa volta do nosso ponto do de vista. Sobre o nosso olhar. Do que somos feitos e moldados. Então, para mim, não existe essa de cidadão do mundo. Eu vejo o mundo sim, sem preconceitos, de braços abertos. Mas isso graças ao minério que corre nas minhas veias. Sou do mundo, sou Minas Gerais.

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